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quarta-feira, 26 de junho de 2013

MEU AMIGO TURCO

Cheguei ao Japão em 2001, com a mala cheia de esperanças… e medos. Natural: era a primeira vez que saía de meu país e vim parar logo no Oriente, em meio a um povo e cultura sobre os quais conhecia muito pouco. 
Os primeiros dois anos, fiquei num alojamento para estudantes estrangeiros, e lá também minha personalidade retraída em nada contribuiu para que eu fizesse muitos amigos. Porém, houve alguns neste período. E, entre eles, destaco Orhan, um estudante turco que viera cursar o mestrado na Universidade de Osaka. Talvez a semente dessa amizade tenha sido a solidão em comum: eu, longe de meus pais; Orhan, da esposa e dos filhos. Mas prefiro acreditar que o motivo maior tenha sido as conversas sobre a fé. E, mais especificamente, os ensinamentos sobre a religião muçulmana. Sou de uma famílica tipicamente católica não-praticante (termo esdrúxulo, mas real), e o contato que tive em minha infância com a religião muçulmana foi através de uma tia, de origem síria.
Nas conversas com Orhan, meus conhecimentos aumentaram. E pude saber mais sobre o Alcorão e o ritual de jejum do Ramadã, além das mensagens de paz do Profeta Maomé (bem diferentes do que esta imagem distorcida que governos imperialistas tentam passar para vender armamentos, a religião muçulmana tem como princípio a paz e a tolerância). Porém, uma das coisas que mais me chamaram atenção foi a simplicidade do Islamismo: quando perguntei a Orhan o que era necessário para tornar-me muçulmano, ele respondeu-me: basta dizer que aceita a Alá. Simples assim. Simples como deve ser toda fé.


Edweine Loureiro
Dados Biográficos:

EDWEINE LOUREIRO nasceu em Manaus, em 20 de Setembro de 1975. É advogado, professor de Literatura e Idiomas, e reside no Japão desde 2001. Em 2005, obteve o Mestrado em Política Internacional pela Universidade de Osaka (Japão). Obteve até o momento 57 prêmios literários, em concursos realizados no Brasil, Japão, Portugal, Espanha e México. É colunista das Revistas Samizdat e Benfazeja, e membro correspondente da Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências (RJ) e da Academia de Letras de Nordestina (BA). Publicou os livros: Sonhador Sim Senhor! (Editora Litteris, 2000), Clandestinos [e outras crônicas] (Clube de Autores, 2011) e Em Curto Espaço (Editora Multifoco, Selo 3x4) .

sexta-feira, 21 de junho de 2013

CONSERVA DE BERINJELAS


Ingredientes : 
1kl de berinjelas baby ( bem pequenas ) 
2 xícaras ( chá ) nozes descascadas e moídas .
2 cabeça de alho .
Pimenta calabresa moída
Sal
Azeite o suficiente para cobrir as berinjelas
Preparo :
Lave e corte os talos da berinjelas
Numa panela grande ponha 2 litros de agua e um copo de vinagre e ponha para ferver .
Coloque as berinjelas na fervura rápida de uns 5 minutos.
De um talho na lateral no sentindo do comprimento, e coloque uma por uma coma parte virada para baixo sobre um pano, e cobra com outro pano .
Deixe escorrer bem por umas 12 horas.
Recheio : misture todos os ingredientes .nozes .pimenta ,alho bem picado e sal.
Coloque o recheio dentro de uma por uma das berinjelas ,sem apertar muito .
Depois de recheadas coloque-as uma ao lado da outra num recipiente fundo de vidro com tampa .
Cubra com azeite e deixe curtir por uns três dias .
Come - se com pão árabe ...um delicioso aperitivo .


PORTALÁRABE

FAMÍLIA ASSAF

FAMÍLIA ASSAF 

KASSEM MOHAMAD ASSAF nasceu em Kaffardines, Líbano, em 08 de maio de 1934. 

Filho de lavradores começou a trabalhar ainda criança, saindo com seu pai e sua irmã mais velha para arar e preparar a terra de terceiros. 

Como pagamento, recebiam comida para alimentar a família constituída de 12 pessoas (pai, mãe e 10 filhos). As dificuldades, que só aumentaram após a segunda guerra mundial, fizeram com que ele trilhasse o mesmo caminho de muitos imigrantes libaneses, ou seja, veio para o Brasil atrás de uma vida melhor para ele e sua família. 

Chegou ao Brasil com 17 anos (1951), 16 dólares no bolso e muita coragem. 

Inicialmente, instalou-se na cidade de Mandaguari onde residia o seu tio paterno. 

Não perdeu tempo e começou a trabalhar como mascate, carregando malas cheias de roupa e enxoval, por toda a região. 

Não demorou muito para ele se mudar para Maringá, uma jovem cidade que ainda estava em formação. Em 1952 já era figura conhecida dos moradores da Vila Morangueira (Morangueirinha), como o “mascate”.

Com o dinheiro que economizou como mascate, fundou em 1954, na Avenida Brasil, a 

CASA KACIM LTDA.

Em tempos mais difíceis, Kacim enchia a sua Kombi de mercadorias e saia para vender nas cidades (Astorga, Paiçandu, Mandaguaçu, etc) e sítios vizinhos. 

Nessa época ele já estava casado com a Sra. RUCHDIEH SAID ASSAF. Sua esposa e filhos o acompanhavam nessa empreitada que não tinha dia para acontecer.

Apaixonado por Maringá e muito diferente dos imigrantes libaneses que chegaram ao norte do Paraná na mesma época, associou-se, ainda na década de 60, ao Clube Olímpico de Maringá onde, além de freqüentar a sua sede social, fazia questão de freqüentar os bailes de carnaval, devidamente fantasiado.

Sua maior ambição, tendo em vista a sua origem humilde e sabedoria, era formar uma família e fazer com que os filhos pudessem estudar e que fossem atuantes em suas comunidades, para que não passassem pelas dificuldades a ele impostas. 

Nesse sentido, teve seis filhos:

ABDOL HAKIM ASSEF: Maringá, médico, graduado pela Universidade Estadual de Londrina.

SABAH ASSAF EL KADRI: Maringá, advogada, graduada pela Universidade Estadual de Maringá.

SALUÁ KASSEM ASSAF DE MACEDO: Maringá, engenheira civil, graduada pela Universidade Estadual de Maringá.

FATIMAH ASSAF: Maringá, dentista, graduada pela Universidade Estadual de Maringá.

MUNA ASSAF CÂMARA: Maringá, dentista, graduada pela Universidade Estadual de Londrina.

SAID ASSAF NETO: Maringá, médico, graduado pela Universidade Estadual de Maringá.

Na década de 80, deu início a constituição e fundação da Sociedade Beneficente Muçulmana de Maringá. 

Já havia participado, também como fundador, da Sociedade Beneficente Muçulmana de Londrina.

Kassem Mohamad Assaf, apesar do pouco estudo, foi um homem das letras.

Poeta e escritor tinha os seus textos publicados em jornais de língua árabe. 

Com os seus amigos Kalil e Salim Haddad, dividiam a paixão pela música, pelos livros e pela poesia. 

Era profundo conhecedor da história e dos conflitos no Oriente Médio, por diversas vezes deu a sua contribuição aos meios de comunicação, no sentido de elucidar os motivos e as conseqüências das guerras ocorridas em sua terra natal.

“... Ele nos transmitiu lições de amor por Maringá, de cultivo à união da família e de amor pela cultura árabe”. (Abdol H. Assef)”


Fotos: 1. fachada da Casa Kacim e o primeiro carro.
2. Nascimento do primeiro Filho
3. Carnaval - Clube Olímpico de Maringá. Kassem Assaf e Família


Colaboração 


ANTHONY MOHAMMAD
SABAH ASSAF
AHCAB

domingo, 16 de junho de 2013

ARÁBIA SAUDITA: AONDE O LUXO NÃO TEM LIMITES.


Uma potência no meio do deserto, a Arábia Saudita mostra como luxo e exuberâncias andam juntas a uma realeza que parece não conhecer limites. Regida por uma monarquia absoluta, a Arábia Saudita conta com uma família real bastante extravagante, principalmente em seus gastos, nenhum pouco convencional e bastante elevados para qualquer regime político de qualquer país no mundo. 
Festas, viagens, compras nada convencionais, fazem com que o governo saudita seja demasiadamente caro. Por outro lado, a vida pessoal da realeza também não parece ser nada calma, como podemos ver o possível envolvimento do príncipe da Arábia Saudita com outro homem, como foi veiculado na mídia internacional. Sabemos que trata-se de uma acusação que não sabemos se é verídica ou não, mas que faz com que a polêmica em torno deste assunto e de tantos outros, que envolvem a extravagância desta família real, seja de fato reforçada. Sabendo se da ortodoxia religiosa que ronda a região, como em relação a direitos femininos e religiosos em geral, alguns problemas sendo exemplos do nível alto parece um câncer em seu deserto. 


( Mantenedor das leis defensoras do grupo de direitos humanos sobre tortura e Guerra Fria) 
GUSTAVO ESSE

terça-feira, 11 de junho de 2013

NAMURA

Ingredientes :
1 kl semolina
3 copos (americano) leite
1 copo(americano)açúcar
1 pacote 200 gr de manteiga
1 colher(chá)bicarbonato de sódio
Amêndoas cruas para decorar ...
Calda de açúcar :
3 xícaras(chá)açúcar
2 xícaras(chá)água
1 xícara(café)água de flores da laranjeira
Algumas gotas de limão
Por no fogo ate pegar o ponto .
Preparo :
Derreta a manteiga ,jogar sobre a semolina e misture bem .esquentar o leite e o açúcar no fogo ,em seguida por sobre a mistura junto com o bicarbonato...
Por numa forma grande untada ..por cima sobre cada quadradinhos uma amêndoa ..
Levar ao forno pre aquecido por 30 minutos ..
Ao retirar jogar em seguida a calda quente 


PORTALARABE

sexta-feira, 7 de junho de 2013

RETOMADA DE QUSAIR

As forças leais ao presidente sírio, Bashar Al-Assad, conseguiram retomar o controle sobre a localidade estratégica de Qusair, modificando as expectativas que se tinha até então acerca do desfecho do conflito.
Até então, acreditava-se que a vitória seria dos rebeldes, como se deu no Egito, Líbia e Tunísia, mas, desde a entrada do Hezbollah no conflito e o êxito desta intervenção, fez com que todas as previsões realizadas até então, fossem por água abaixo.
Os grupos xiitas libaneses, por sua vez, ganham novo fôlego, pois, caso o governo sírio ganhe forças novamente, será um importante aliado, para as pretensões do Hezbollah no Líbano, fator, que evidentemente, deve preocupar os grupos maronitas do Líbano.
Agora, o conflito parece mais dividido e com mais igualdade. Temos a Rússia, Irã, Hezbollah e Governo de Assad, de um lado do conflito e do outro lado temos a comunidade Maronita do Líbano e uma porcentagem Sunita, o Governo Revolucionário da CIA e a OTAN do outro lado, neste conflito de interesse.
Não querendo ter pessimismo, mas muitos analistas internacionais temem que com estre prolongamento do conflito, a onda de revoltas irá se estender por outros países, e certamente, o Líbano provavelmente será um dos próximos, assim como a Turquia, como vimos recentemente na mídia.
O medo de  um conflito de grande magnitude, com semelhança a II Guerra Mundial, caso estes impasses não sejam resolvidos em breve, embora seja previsível o fim do conflito, que será a divisão da Síria, pois parece que Aleppo continua irredenta e se os revoltosos da Turquia obtiverem êxito, esta será a saída para o conflito na Síria, mas, no que tange ao Líbano, a sorte está lançada.

Estejam todos preparados para conflitos separatistas na Síria, e não somente lá, mas na Líbia também, e em todos os países onde está a "Primavera Árabe", que com certeza, vai demorar muito para acabar.

( Mantenedor das leis defensoras do grupo de direitos humanos sobre tortura e Guerra Fria)GUSTAVO ESSE

PORTAL DA COMUNIDADE ÁRABE 

sábado, 1 de junho de 2013

Ei Líbia, cadê os seus avanços?

Bom, o Governo Provisório Líbio está instalado já a um certo tempo, mas gostaria de saber, o que mudou na Líbia além da bandeira? Eu sei que as transações democráticas costumam ser lentas, e que a Líbia viveu um grande período sobre as mãos de Muammar Al-Khadaffi e que isso torna qualquer transação democrática lenta. Mas bem, o maior problema num é nem esse, mas o que a Líbia tem perdido. A Líbia ostentou durante anos, o título de país africano de influencias do médio Oriente  com melhor desenvolvimento humano e após a revolução que depôs Khadaffi, estes índices tão começando a cair, o país parece estagnado economicamente, ainda que receba auxílios ocidentais sobre o petróleo vendido pelo país. Sinceridade, eu nunca fui um simpatizante do regime de Khadaffi mas, por outro lado, o novo regime tem me desapontado. Talvez o retorno a monarquia teria sido mais interessante, para a realidade Líbia, do que tentar fazer uma democracia que ninguém sabe por onde começar.
Uma coisa me preocupa, essa demora pra o estabelecimento do novo estado, é perfeita para se perder as rédeas do mesmo, e abrir espaço para o imperialismo econômico sobre a região. Esta falta de estabilidade pós-revolução, parece ser a característica dos novos regimes instituídos pela revolta árabe, que parece que tem a Tunísia como modelo democrático, afinal, somente a Tunísia tem feito alguma mudança de fato com o novo regime, o que me faz pensar, que todos estão esperando a Tunísia terminar seu processo de redemocratização para que os demais a copiem, como foi quando surgiu o Ba'ath, onde o Egito tomou a dianteira e o modelo se alastrou por todo mundo árabe.


GUSTAVO ESSE ( Mantenedor das leis defensoras do grupo de direitos humanos sobre tortura e Guerra Fria)