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segunda-feira, 15 de julho de 2013

MONARQUIA NA LÍBIA?




MONARQUIA NA LÍBIA?

POR QUE SERIA TÃO CONVENIENTE A VOLTA DA MONARQUIA NA LÍBIA, PARA OS OCIDENTAIS?

A derrubada de Muammar Al-Ghadaffi, certamente foi o primeiro passo para o domínio de uma região altamente estratégica do globo, com uma riqueza natural muito cobiçada no ocidente e abundante naquele pequeno espaço geográfico: o petróleo.

Nos tempos do Rei Idris I, as potências ocidentais não tinham problema algum em explorar esta riqueza da Líbia, pois, contavam com um governo totalmente pró-ocidente e 'entreguista'.

Graças ao "nasserismo" e sua disseminação pelo mundo árabe, Idris I foi derrubado e foi instituído na Líbia um regime altamente nacionalista, que, com o estreitamento das relações diplomáticas com os demais países seguidores da ideologia do Ba'ath, puderam fazer o ocidente "sentir na pele" a dependência do oriente, com um episódio que ficou conhecido como "A Crise do Petróleo", que fez o ocidente repensar sua polícia internacional para aquela região, adotando a partir de então, uma política muito mais agressiva de dominação.

Embora o sistema de Khadaffi tenha sobrevivido por um bom tempo, teve um trágico fim. Khadaffi foi punido severamente, tanto pelo seu povo, como pela sua história, ficando perpetuado como um político vaidoso e esbanjador, quando na verdade, ele livrou seu país de uma exploração nociva, como a que ocorria.

Mas parece que os líbios querem voltar a exploração, ao menos, é isso que tem ocorrido na Líbia, desde a queda do governo de Khadaffi e tem prejudicado, inclusive, membros do Comitê de Transição que não concordam com esta nociva retomada ocidental, parecendo que alguns deles até chegaram receber ameaças, se não cederem em favor do ocidente, de acordo com que foi divulgados em alguns sites estrangeiros.

Que as mãos ocidentais "coçam" querendo retomar o controle sobre a Líbia, isso é uma verdade incontestável, mas parece que os ocidentais querem ir mais além: retomar a monarquia na região.

Estão sugerindo um suposto separatismo na Líbia, aonde a Cirenaica, se separaria da Líbia, e, assim Bengazi, que sempre teve certa "inveja" de Tripoli ser a capital, seria a capital do novo país, que certamente seria uma monarquia, governada pela dinastia descendente do Rei Idris I. A outra Líbia, ao ocidente, com a capital em Trípoli, seria republicana, porém, frágil economicamente, pois, a maior parte dos poços de petróleo líbios, encontram-se na Cirenaica.

Com a independência do Reino da Cirenaica, o ocidente teria uma monarquia extremamente leal ao seus interesses , em uma posição geográfica extremamente estratégica (vizinha do Egito, Líbia, Sudão e Chade), enquanto, a Líbia, ficaria enfraquecida e, mesmo que os tripolitanos retomassem o poder, como foi no passado, não prejudicaria mais em nada o ocidente e seus interesses, podendo intervir no país vizinho, com uma impressionante rapidez, se assim achassem necessário.




( Mantenedor das leis defensoras do grupo de direitos humanos sobre tortura e Guerra Fria) 

GUSTAVO ESSE

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